Janeiro roxo é o mês internacional de luta contra a hanseníase

por Aquila — publicado 09/01/2018 18h50, última modificação 14/01/2019 18h10 Rose Velasco | Assessoria SES/MT

Sempre celebrado no último domingo de janeiro, o Janeiro Roxo reforça o compromisso de controlar a hanseníase, promover o diagnóstico e o tratamento corretos, além de difundir informações e desfazer preconceitos que tanto prejudicam o diagnóstico preventivo da doença.

O tema da campanha nacional de 2018, escolhido pela Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH) é “Todos contra a Hanseníase”. A Secretaria de Estado de Saúde, por meio da equipe técnica da Superintendência de Atenção à Saúde e da Coordenadoria de Ações Programáticas Estratégicas (COAPRE), deverá criar uma agenda única com os municípios para divulgar as ações que ocorrerão em todo o Estado, para o enfrentamento da hanseníase.

Nas áreas técnicas que integram a Secretaria Adjunta de Políticas e Regionalização, serão intensificadas as discussões do tema nas ações programáticas e estratégicas da SES, em especial no Programa Saúde na Escola, Programa Bolsa Família, Programa Estadual Pró-Família, bem como no Telessaúde e a Escola de Saúde Pública.

Dados sobre a hanseníase em MT

O Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), do Ministério da Saúde, informa que Mato Grosso registrou as maiores taxas de detecção de hanseníase do país. No ano de 2015, a taxa de detecção de novos casos da doença foi de 93,00/100.000 habitantes, totalizando 3.037 casos novos.

No ano de 2016 foram detectados 2.658 casos novos, correspondendo a uma taxa de detecção de 80,4/100.000 habitantes. No período de 2009 a 2016, Mato Grosso registrou 1.334 casos em crianças menores de 15 anos, correspondendo a 6% do total de casos registrados.

Estes dados reforçam a presença de focos de infecção e transmissão recentes da doença. Devido ao longo período de incubação, a hanseníase é menos frequente em menores de 15 anos de idade. Contudo, em áreas de maior prevalência e no caso de detecção da doença em focos domiciliares, a incidência nesta faixa etária é esperada.

Quanto à distribuição da doença, existem regiões hiperendêmicas que apresentam elevadas taxas de detecção. No ano de 2016 observou-se que a maior taxa de detecção da hanseníase ocorreu na região Médio Araguaia, com taxa de detecção de 379,9/100.000 habitantes, seguida das regiões Vale do Peixoto, Alto Tapajós, Teles Pires, Norte, Vale do Arinos, Garças Araguaia e Baixo Araguaia.